Implantes cerâmicos – evidências científicas para o seu uso

A cerâmica de zircônia (ZrO) vem sendo objeto de muitas pesquisas biomédicas pela
excelente biocompatibilidade e estabilidade química. Nos últimos anos tem sido utilizada
como uma opção aos implantes dentários metálicos, principalmente pelas qualidades esté-
ticas e periointegração. O propósito desta revisão bibliográfica é destacar as características
das cerâmicas Y-TZP (zircônia tetragonal policristalina estabilizada com ítria) e ATZ (zircônia tenacificada por alumina), citando algumas limitações do uso como materiais alternativos na Implantodontia, baseadas em evidências científicas. Muitas pesquisas in vitro e in vivo demonstraram que as cerâmicas Y-TZP apresentam vantagens estéticas e biológicas sobre outros biomateriais. Os valores de resistência à fratura são clinicamente aceitáveis, sendo mais elevados nos compósitos ATZ. Alguns testes de carga cíclica com implantes dentários ATZ mostraram resistência igual ou superior aos de titânio (Ti). Novos tratamentos de superfície na cerâmica estão abreviando o tempo de cura, possibilitando carga imediata. Os experimentos com animais confirmaram o bom potencial de osseointegração das cerâmicas, com quantidade de BIC equiparável ao Ti e com menor acúmulo de biofilme. Estudos de até 5 anos com implantes dentários Y-TZP de peça única em humanos apresentaram índices de sucesso de 84,4 a 100%, enquanto que a taxa de sobrevida em 7 anos com ATZ foi de 99%. Apesar dos bons resultados com implantes dentários Y-TZP e ATZ, os autores sugerem cautela nas indicações e mais estudos prospectivos de longo prazo.

 

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